domingo, 27 de março de 2016

Páscoa, além do dogma

Páscoa, além do dogma
Judeus e cristãos do mundo inteiro celebram, nesta época, a Páscoa.
Com motivos e tradições diferentes, este é o tempo da renovação, da mudança, da transformação, para todos.
As efemérides religiosas sugerem sempre ideias muito mais generosas e profundas do que o acontecimento que pretendem comemorar.
Pode-se mesmo afirmar que o simbolismo das datas é bem mais significativo do que o fato em si.
Veja-se, por exemplo, o tema da Páscoa cristã.
Apesar de as igrejas sustentarem o dogma de que Jesus morreu e, ao terceiro dia, ressuscitou dos mortos, num episódio sobrenatural e miraculoso, é possível aceitar-se uma outra versão, bem mais racional. Ela é compartilhada, por exemplo, por nós, espíritas: a de que não ocorreu exatamente uma ressuscitação do corpo de Jesus. As aparições ocorridas após sua morte a pessoas que o amavam e a quem ele amava teriam sido nada mais que materializações de seu Espírito luminoso, dando o testemunho de sua sobrevivência.
Os dogmas religiosos podem ser valiosos para manterem a fé, mas deixam de ter importância para quem busca e encontra seu sentido mais profundo.
Muito além do dogma, a Páscoa aponta para o amplo sentido da vida, como processo contínuo de transformação e de libertação gradual do Espírito na busca da plenitude.
 

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