quarta-feira, 26 de maio de 2010

Formação dos Mundos


É tamanho o interesse dos homens de ciência em saber quando se deu a formação da Terra e de outros mundos que bailam no espaço cósmico, que lutam com todas as possibilidades que possuem, através da matemática científica, da astronomia e do raciocínio ilustrado na mais profunda lógica humana. Dentro da ciência da natureza, estão extraviados, perdendo-se, muitas vezes, nas falsas somas de séculos e bilhões de anos, na contagem do tempo de formação da própria casa em que moram. Cálculos e mais cálculos já foram feitos, e sempre são ultrapassados por outros mais novos, e por máquinas mais sofisticadas...

“O Livro dos Espíritos”” nos diz que os parcos conhecimentos humanos estão longe das deduções acertadas, no domínio das idades dos mundos, que se perdem na noite da eternidade. Somente o Amor tem a capacidade da medição cósmica, dentro dos padrões universais computados por Deus e estendidos na vastidão infinita da sua criação.

Alguém, interessado pela ciência há pouco tempo, bate a mão num bloco de pedra, confabulando consigo mesmo: “isso que toco com a mão e que posso ver sem aparelhos é pura energia concentrada, por um poder que desconheço” Certamente que é, todos os corpos materiais se condensaram. Antes foram fluídos imponderáveis e, por vários processos esses fluídos tornaram-se sólidos, principalmente em se falando dos mundos e sóis que habitam o espaço. O tempo determinado, calculado por medição é que por agora escapa a razão, mesmo munida de aparelhos dos quais é portadora.

A energia disseminada por todo o universo se aglomera, não pelo acaso, que não existe. Os fluídos cósmicos são dominados pelos engenheiros siderais e esse éter é obediente às mentes destes grandes Espíritos, fazendo a princípio um campo de força, e depois, a concentração por atração magnética, de modo a formar a aglomeração de acordo com a vontade espiritual. Certamente que não fica somente nisto. E uma ciência de variações proporcionais ao que se vai fazer, mas tudo é feito pela determinação divina. Nada se faz ou se forma, sem que Deus determine, sem a sua participação engenhosa e justa.

Estamos longe de saber todos os pormenores da engenharia da criação, o esquema para surgimento, por exemplo, de um Sol com sua família planetária. Deus conta, na co-criação, com a participação de Espíritos altamente evoluídos que trabalham na fundição e refundição de fluídos para que, com o tempo de bilhões e bilhões de anos, na mais perfeita harmonia, numa cadência que somente os anjos compreendem, vai se formando na tela cósmica do espaço um simples sistema solar para que sirva de moradia e escola da mais alta segurança espiritual. São recambiados então, bilhões de almas de variados lugares, mais ou menos em sintonia, para uma determinada morada, que sempre é um ato de misericórdia.

Como já sabemos, os mundos se formam por condensação de fluídos altamente sensíveis. Eles são comandados, novamente afirmamos, por luminares siderais; entretanto, o mais interessante é a educação das criaturas, que são as mesmas almas revestidas de vários corpos, para alcançar o despertamento espiritual e que podem igualmente ajudar no preparo da retaguarda. Os problemas, as dores e todos os tipos de infortúnios ocorrem por falta de educação, por desrespeito às leis espirituais.

Quando todos reconhecermos as necessidades de harmonia em nossos passos, fazer-se-á luz em nossos corações e tudo se tornará em paz, dando-se a formação de todas as coisas, na mais perfeita harmonia, e é neste sentido que os mundos e toda a mecânica universal, se encontram em perfeita ordem e justa sintonia com o Criador.

É claro que para trabalhar na formação dos mundos é necessário sabedoria, no entanto, não pode faltar a ciência do Amor.


Livro Filosofia Espírita - Volume 1.Psicografia de João Nunes Maia

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