sábado, 15 de fevereiro de 2014

LEIS MORAIS DA VIDA



 Em todos os tempos as leis morais da vida, estabelecidas pelo Supremo Pai.
Invioláveis, constituem o roteiro de felicidade pelo rumo evolutivo, impondo-se, paulatinamente, à inteligência humana, achando-se estabelecidas nas bases da harmonia perfeita em que se equilibra a criação.
Reveladas através dos tempos, a pouco e pouco, não se submetem às injunções transitórias das paixões humanas, que sempre desejaram padronizá-las ao próprio talante, submetendo-as às suas torpes determinações.
Inspiradas à Humanidade pelas forças vivas da Natureza desde os dias do "homem primitivo", passaram a constituir a ética religiosa superior de todos os povos e de todas as nações.
Leis naturais de amor, justiça e eqüidade, são o fiel da conquista do Espírito que, na preservação dos seus códigos sublimes e na vivência da sua legislação, haure o próprio engrandecimento e plenitude.
desacato, a desobediência aos seus códigos engendram o sofrimento e o desalinho do infrator, que de forma alguma consegue fugir ao reajuste produzido pela rebeldia ou insânia de que se faz portador.
Profetas, legisladores e sábios têm sido os maleáveis instrumentos de que se utilizou o Pai Amantíssimo, através dos tempos, afim de que o homem, no ergástulo carnal, pudesse encontrar a rota segura para atingir o reino venturoso que o espera.
Entre todos, foi Jesus o protótipo da misericórdia divina, "o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo", o próprio Rei Solar.
Vivendo em toda a pujança o estatuto das "leis morais", deu cumprimento às de ordem humana, submetendo-se, pacificamente, instaurando o período fundamentado na lei de amor, que resume todas as demais e as comanda com inexcedível mestria.
Modelo a ser seguido, ensinou pelo exemplo e pelo sacrifício, selando em testemunho supremo a excelência do seu messianato amoroso, mediante a doação da vida, incitando-nos a incorporar ao dia-a-dia da existência a irrecusável lição do seu auto-ofertório santificante.
Inspiramo-nos, para elaborar esta Obra, no incomparável O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, Parte Terceira, Das leis morais.
Não pretendemos produzir um trabalho de exegese doutrinária, mas respingar alguns conceitos e opiniões atuais nas nobres e relevantes lições ali exaradas, por considerarmos insuperável e de profunda momentaneidade a obra kardequiana, repositório fiel do Consolador, conforme prometido por Jesus.
Dividimos o nosso estudo nas onze leis morais, conforme a classificação kardequiana, utilizando-nos de variado assunto para a meditação e a renovação íntima daqueles que se interessam pela Doutrina Espírita, ou que no báratro destes dias de inquietação padecem a sede de Deus, requerem ao Alto respostas imediatas às interrogações afligentes, pedem orientações ...
O homem viaja com os seus formidáveis bólides espaciais fora da órbita da Terra, e, todavia, não se conhece a si mesmo.
Descobre o mundo que o fascina e não se penetra das responsabilidades morais que lhe cabem.
Altera a face do planeta que habita e pretende modificar as leis morais que regem o Universo, mergulhando, então, em profunda amargura.
Apresenta conceitos valiosos e concepções de audaciosa matemática, desvendando as leis da gravitação, da aglutinação das moléculas, da estrutura genética dos seres e, todavia, impõe absurdas determinações no campo moral, legalizando o aborto, ressuscitando a pena de morte, programando a família mediante processos escusos, precipitados, advogando a dissolução dos vínculos matrimoniais estimulado por terrível licenciosidade, fomentando a guerra.
Há dor e loucura, fome, miséria moral e social em larga escala, num atestado inequívoco do primarismo floral que vige em indivíduos e coletividades ditos civilizados ...
As leis morais da vida são impostergáveis. Ninguém as derroca; não as subestima impunemente; não as ignora, embora desejando fazê-lo. Estão insculpidas na consciência das criaturas. Mesmo o bruto sente-as em forma de impulsos ou pelo luzir da sua grandeza transcendente nos pródromos de inteligência ...
Leis imutáveis, são as leis da vida. A modesta contribuição ora apresentada objetiva despertar sentimentos elevados, clarear mentes em aflição ou que dormem na ignorância das verdades espirituais, contribuindo com as Vozes dos Céus no desiderato da edificação da nova Humanidade com Jesus para o milênio porvindouro.
Dando-nos por trabalhadora que reconhece sua pouca valia, exoramos a proteção do Mestre incomparável para todos nós, seus discípulos imperfeitos, embora amorosos que tentamos ser.

Joanna de Ângelis

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